Será que você está em um “divórcio silencioso”?

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PROGRESSÃO DA LEITURA

Divórcio Silencioso

Seu relacionamento está “murcho”?

Será que você já se “divorciou” e não sabe? Ou, não aceita. Talvez seja hora de reavaliar.

A expressão “divórcio silencioso” descreve uma situação em que não há qualquer disputa aparente – pelo menos do lado de fora – mas não há muita coisa acontecendo também, por dentro, no relacionamento.

Quando um relacionamento de longo prazo, para uns “longo prazo” pode ser 3, 5, 10 ou 20 anos, se transforma em um divórcio silencioso, o casal já não funciona mais como antes.

 


No “Divórcio Silencioso” já não há uma exteriorização de sentimentos (sejam positivos ou negativos), em vez disso, o casal continua o relacionamento e cumpre o mínimo de obrigações para manter a união, por comodismo, medo, bem estar financeiro, bem estar dos filhos, questões sociais…


 

Frequentemente, o casal começa a estruturar suas vidas de modo a passarem o mínimo de tempo possível juntos. Arranjam atividades externas, dois empregos… sem sequer perceber o que estão fazendo.

Com pouca proximidade emocional ou física, eles se tornam mais colegas de habitação do que duas pessoas que estão juntas por amor e tesão.

Pessoas que  olham as fotos e declarações nas mídias sociais, veem o que para todos os efeitos é um casal amoroso. Mas na vida real a coisa é diferente.

Publicar fotos felizes nos perfis em redes sociais é uma forma de blindar o relacionamento, já que a pessoa sabe que, ele não resistiria a uma investida externa. Pode ser também uma forma de “acalmar” o/a parceiro/a.

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Os primeiros sinais de um divórcio silencioso

Casais que estão emocionalmente entorpecidos um com o outro muitas vezes começam a fazer mais coisas separados, dentro de casa.

Quando você está no relacionamento, pode perceber que houve uma mudança na conexão. Você e seu parceiro podem se sentir desconectados e surge um sentimento de solidão.

Outros sinais de que há um divórcio silencioso podem ser o fato de cada parceiro passar a executar atividades fixas (que poderiam ser acompanhadas) sozinho, como se tornar voluntário/a em organizações sociais, ir à igreja sozinho/a, etc…

O resultado final é que eles se tornam cada vez mais distantes e começam a retirar-se para mundos separados.

 

Definitivamente, há sinais que podem ser reconhecidos antes que o divórcio silencioso se instale:

  • Ressentimento aumentando
  • Envolvimento em vidas paralelas
  • Falta/receio de intimidade sexual
  • Falta de intimidade em geral (que se torna até incômoda)
  • Indiferença e falta de curiosidade para com o cônjuge
  • Diminuição da comunicação 

 

Pode não haver indícios de um problema para quem está de fora, pois o casal mantém a fachada de um relacionamento feliz.

Contudo, uma breve visão de dentro indica que as relações  estão em degringolando.

Qualquer tipo de divórcio é um desafio

Ambos os parceiros investiram muito tempo e energia no relacionamento e, frequentemente, há crianças envolvidas.

Além disso, cada parceiro pode ter justificativas para continuar a união, e muitas vezes elas não estão relacionadas com a natureza fundamental do relacionamento: O amor.

Por exemplo, um dos parceiros pode ser um excelente pai ou talvez tenham amigos em comum.

 


Existem custos significativos de longo e curto prazo para os divórcios silenciosos, incorridos não apenas pelo casal, mas também pelos seus filhos, independentemente da idade.


 

As crianças que testemunham esse comportamento e a dinâmica quotidiana de um divórcio silencioso podem reagir com as suas próprias tentativas de escapar a estas dinâmicas deprimentes ou à energia negativa que criam em a casa.

Mais tarde na vida, quando estas crianças tiverem idade suficiente para formar as suas próprias relações românticas, a dinâmica do divórcio silencioso dos seus pais pode servir de modelo para comportamentos de relacionamento disfuncionais. E isto é muito comum.

Casais emocionalmente distantes evitam comunicar sobre os seus sonhos, preocupações e ambições e não falam sobre os seus problemas.

Eles também diminuem progressivamente a necessidade de se preocupar com as necessidades um do outro.

O cara vai no supermercado e não compra o sorvete que ela gosta. Ela não se preocupa em fazer aquela comidinha para agradar ele. Os dois ficam desleixados pela casa…. etc…

Será Que Você Está Em Um &Quot;Divórcio Silencioso&Quot;? - A Expressão &Quot;Divórcio Silencioso&Quot; Descreve Uma Situação Em Que Não Há Qualquer Disputa Aparente - Pelo Menos Do Lado De Fora - Mas Não Há Muita Coisa Acontecendo Também, Por Dentro, No Relacionamento.

Como tentar se reconectar

Um ou ambos os parceiros em um relacionamento de longo prazo acabam percebendo que um divórcio invisível não é a maneira de viver o resto de suas vidas.

E não é mesmo!

Certamente é possível salvar um relacionamento e voltar a ser um casal amoroso por meio da terapia profissional e da comunicação aberta.

Um divórcio silencioso muitas vezes leva a um divórcio legal, mas isto pode ser evitado se ambos os parceiros – ênfase em ‘ambos’ – se comprometerem a trabalhar no seu casamento e permanecerem diligentes na resolução dos seus problemas.

Cada pessoa é diferente e, para alguns, trabalhar no relacionamento pode não ser suficiente.

No entanto, isso permitirá pelo menos que vocês dois aproveitem ao máximo o seu tempo, em vez de evitar permanecer em um relacionamento onde você ou seu parceiro estão infelizes.

Um relacionamento saudável não deve chegar ao ponto em que não haja mais nada a dizer um ao outro.

Se você ou seu cônjuge acharem difícil passar algum tempo juntos e conversar, ou se pedirem desculpas honestas, talvez seja hora de entrar em contato com um terapeuta de casais.

O aconselhamento de casais pode ajudar vocês dois a melhorar suas habilidades de comunicação.

Você também pode optar por procurar aconselhamento individual para se concentrar em reconhecer o que você precisa em seu relacionamento.

Os casais devem reservar um tempo para conversar um com o outro e ser proativos em relação aos problemas. Se eles acharem isso difícil, então procurar ajuda profissional pode ser a resposta através de aconselhamento individual ou de casais, ou ambos.

A última coisa que devem tentar é apelar para os joguinhos – mulheres adoram isso – homens são mais bobões.

Ciuminho, apagar fotos, mudar status em redes sociais, greve de sexo… Isso só mostra insegurança e narcisismo.

Tentar ter um filho então, nem pensar!

Uma das maiores aberrações dentro de um casamento, é trazer uma vida ao mundo para tentar segurar um relacionamento falido. É até pior que a infidelidade. E… a médio prazo, não resolve. E a criança?

Homem ou mulher nenhuma vai amar alguém por causa de um filho.

Te desejo boa sorte, amor próprio e juízo!

Picture of GLENDA SCHULTZ
Consultora e designer de moda de alto estilo, filha de brasileiros, hoje mora entre Alemanha e Suécia, onde possui casas de moda sex, confessamente inspiradas em Gaultier e Galliano. Passou pela Gucci e Versace. Apaixonada pela beleza de época, pelo bom gosto e pela liberdade estética e sexual.

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