A pessoa passa por um rompimento de um relacionamento com alguém que ainda ama ( ou que amou) e não quer se sentir triste.
“Sai dessa!!! Deixa essa tristeza de lado!!!”
É o que eles dizem ( incluindo os livros de autoajuda).
Mas se eu perdi alguém que amava, é normal (e natural) que eu esteja triste!
Alias, para superar a dor, tenho que encará-la. Viver o luto.
Não ser uma pessoa 100% feliz o tempo todo esta parecendo um sinal de um fraqueza, “ah que cara chato!”…
Como se fosse uma doença contagiosa: “só gosto de gente feliz do meu lado!”.
Sinto muito lhe dizer, mas você procura se conectar com robôs, ou pessoas com distúrbios mentais graves ( para serem felizes o tempo todo).
Essa busca da eterna felicidade tem um preço alto.
As pessoas não querem mais discutir um relacionamento em nome de manter a paz e a “Good vibes”, dai empurram com a barriga uma relação oca, frágil como um gigante de pé de barro, colocam pra debaixo do tapete todos os elefantes brancos, pretos, rosas… e quando menos esperam, a relação morreu e ainda não sabem o porque.
Em nome da eterna felicidade vivemos relações de amizades superficiais e vazias, forjamos um personagem sempre pra cima, sempre feliz, e engolimos a seco aquela vontade de conversar questões profundas sobre nossa vida, questões sociais e políticas para não ser o “desagradável”, engolimos vacilos q alguns amigos fazem conosco em nome de manter a imagem do cara bacana, gente boa…
A ditadura da felicidade quer que você se olhe no espelho todo santo e dia e se ache a pessoa mais foda do mundo, com o melhor emprego do mundo, com os melhores amigos do universo, com a melhor família das galáxias…
Uma vida que até a Disney tem dificuldades de criar…
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A ditadura da felicidade, gera dor, tristeza, frustração, porque quer que você acredite que se sentir triste quando perde um grande amor é errado.
É errado também que você sinta inveja, insegurança, ciúmes… enfim, é errado que você seja humano.
By André Barbosa
@opsicologo